Energias Renováveis
O Brasil é uma das lideranças mundiais no aproveitamento de fontes renováveis para energia. Enquanto a matriz energética mundial é composta por apenas 13,5% de fontes renováveis, no Brasil essa participação salta para 43,5% (EPE). Nos últimos anos, além da fonte hídrica, outras fontes renováveis como a eólica e os biocombustíveis ampliaram sua presença na matriz energética, abrindo espaço para a constituição de novas cadeias produtivas, a criação de emprego e o desenvolvimento tecnológico. O Rio Grande do Sul destaca-se no desenvolvimento das fontes eólica, biodiesel e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Mais recentemente, o setor privado e do Governo do Estado têm apostado também no desenvolvimento da fonte fotovoltaica.
Em paralelo, a integração cada vez maior das energias limpas à matriz energética contribui para a redução dos gases de efeito estufa (GEE), estabelecendo as condições para que o país cumpra os compromissos firmados no Acordo de Paris, resultante da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – COP 21, em 2015. O Acordo de Paris prevê a redução das emissões dos GEE em 37% para 2025 e em 43% para 2030, tendo como referência as emissões em 2005. Para tanto, as Contribuições Nacionalmente Determinadas (CND) do Brasil têm como meta ampliar a participação na matriz das energias renováveis para 45% e das bioenergias para 18% até 2030 (MMA).
O crescimento das energias renováveis no mundo e, em especial, no país, abre uma janela de oportunidades e coloca a energia como um dos setores econômicos mais dinâmicos. Conforme o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o financiamento dos compromissos assumidos pelos países signatários do Acordo de Paris movimentará aproximadamente U$ 100 bilhões por ano.
As principais instituições responsáveis por planejamento, regulação e pesquisa do setor de energia estabelecem cenários de crescimento da oferta de energias renováveis com metas que superam aquelas relacionadas ao Acordo de Paris. O Plano de Desenvolvimento Energético (PDE) indica que, para 2026, a matriz energética brasileira terá 48% de fontes renováveis. PCHs, biomassa, fotovoltaica e eólica crescerão 120%, com sua capacidade instalada evoluindo de 28,7 GW, em 2016, para 63,2 GW, em 2026. No horizonte temporal do PDE, a energia eólica alcançará 28,47 GW, e a energia solar, ainda incipiente, poderá chegar a 9,6 GW (EPE, PDE 2026).
A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura vêm trabalhando para promover o desenvolvimento energético sustentável do Estado, tal que atenda os diversos seguimentos da comunidade gaúcha, através de ações que deem suporte aos projetos de geração e às necessidades do consumo de energia.
O Rio Grande do Sul possui grande potencial energético nas fontes renováveis Eólica, Solar, Biomassa e Hídrica, sendo as três primeiras retratadas através de alguns dos seus mapas contidos nos Atlas respectivos.
Figura: Mapas dos potenciais das energias eólica, biomassa e solar
A matriz de energia elétrica do Estado, que sempre contou com a predominância dos recursos hídricos, teve, a partir do ano de 2006, a inserção da energia eólica que hoje representa 18,4% da potência total instalada. Atualmente, as energias renováveis representam 81,7% da potência instalada e 81,4% da energia produzida. Cerca de 30% da energia elétrica consumida, no RS, é importada do Sistema Interligado Nacional.
Figura: Potência Instalada e Energia Produzida no Rio Grande do Sul