Calçados, Moda e Vestuário


Calçados

 Operária trabalha na fabricação de calçados

O Brasil é o quinto maior produtor global de calçados e o Estado do Rio Grande do Sul o berço da atividade calçadista no país. Possui empresas espalhadas em diversos municípios, com polos produtivos principais em regiões como Vale dos Sinos, Vale do Paranhana, Serra Gaúcha e Vale do Taquari. Atualmente, o RS é o 2º maior produtor nacional – foram 192 milhões de pares de calçados produzidos em 2022, o que foi equivalente a 22,6% da produção total; e o maior exportador do país – em 2022, foram exportados cerca de 43 milhões de pares de calçados, o que representou U$ 616,4 milhões em termos de valor e 47% do total exportado pelo país.

O setor calçadista no Rio Grande do Sul é formado por 1.587 estabelecimentos (2021), que empregam cerca de 87 mil pessoas, o maior número entre os estados brasileiros. A sede da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) está localizada na cidade gaúcha de Novo Hamburgo.

Conforme o Relatório Setorial da Abicalçados (2023), os países mais atrativos para as exportações brasileiras de calçados são: França, Argentina, Chile, Colômbia e China.

A demanda brasileira de calçados foi de 718 milhões de pares (2021), o que faz do país o 4º maior mercado global. A média de 3,4 pares por habitante, bastante abaixo dos países avançados (+ de 5) indica espaço adicional para expansão nos próximos anos.

Moda e Vestuário

 Calçados - moda e vestuário

Em 2021, o RS possuía 542 estabelecimentos ligados à fabricação de produtos têxteis e 2.058 estabelecimentos ligados à confecção de artigos do vestuário e acessórios, que empregavam mais 28 mil pessoas no setor. (Fonte: RAIS MTE, 2021).

A cadeia produtiva do RS caracteriza-se por ser menos diversificada e verticalizada do que o conjunto da indústria nacional, e está organizada na forma de clusters: malharia na região da Serra Gaúcha e o de jeans no norte do Estado. O Estado possui forte tradição no segmento: a primeira indústria têxtil foi fundada em 1874, na cidade de Rio Grande. Além disso, é berço do Grupo Renner, maior varejista do segmento de vestuário do país.

Como estado de matriz produtiva agropecuária, há grande facilidade de acesso a matérias-primas de origem animal, como o couro e a lã. No ano de 2021, foram gerados R$ 1,8 bilhão em negócios da indústria de vestuário.

O Estado do Rio Grande do Sul possui ainda uma vasta rede de instituições de ensino e pesquisa que formam profissionais qualificados para o setor: são 11 cursos de moda em nível de graduação, formando tecnólogos e designers de moda.

O setor conta também com o apoio específico do programa “RS Criativo”, conjunto de políticas públicas que buscam potencializar setores nos quais a criação de valor tem como base dimensões imateriais como criatividade, cultura, conhecimento e inovação.

Oportunidades do setor

  • Aproximação dos fabricantes gaúchos com redes internacionais para melhor distribuição de seus produtos. Por exemplo, seriam possíveis criações exclusivas para grandes redes internacionais, aproveitando a expertise dos produtores gaúchos e a qualidade dos produtos, e a capilaridade e conhecimento internacional das grandes redes.
1 Inclui a fabricação de preparação e fiação de fibras têxteis, tecelagem (exceto malha), fabricação de tecidos de malha, acabamento em fios, tecidos e artefatos têxteis, fabricação de artefatos têxteis (exceto vestuário), confecção de artigos do vestuário e acessórios, fabricação de artigos de malharia e tricotagem, fabricação de artigos para viagem e artefatos diversos de couro