Energia Fotovoltaica


O Brasil é um dos países com maior potencial para geração de energia fotovoltaica. A maior parte do seu território encontra-se na região intertropical, permitindo que os índices alcançados sejam superiores àqueles existentes na maioria dos outros países. A irradiação média anual, no Brasil, varia entre 1.200 a 2.400kWh/m²/ano, valores significativamente superiores aos da maioria dos países europeus, cujas estatísticas indicam intervalos entre 900 e 1.250kWh/m²/ano na Alemanha, entre 900 e 1.650kWh/m²/ano na França, e entre 1.200 e 1.850kWh/m²/ano na Espanha.

O uso da fonte solar na geração de energia elétrica no Brasil está apenas iniciando, com expectativa de investimentos significativos. Até 2030, projeta-se a adesão de 2,7 milhões de unidades consumidoras e investimentos que podem chegar a R$ 100 bilhões. O Brasil constituiu políticas públicas de incentivo ao desenvolvimento da energia solar com a disponibilização de financiamento, incentivo à cadeia produtiva, a realização de leilões para compra de energia dessa fonte e o fomento à autoprodução de energia, através da modalidade denominada Geração Distribuída.

A Geração Distribuída permite que unidades consumidoras produzam energia e a disponibilizem na rede de distribuição local, através de sistema de compensação de energia elétrica. Ao final de 2015, havia o registro de 1.675 unidades consumidoras gerando 0,0134 GW sob a modalidade de geração distribuída, dois anos depois, esses números saltaram para 16.138 e 0,178 GW, respectivamente (Aneel). O Plano de Desenvolvimento Energético para 2026 prevê que a Geração Distribuída atenderá 0,6% da demanda nacional por energia elétrica (EPE).

No que se refere à geração centralizada de energia, foram realizados dois leilões que viabilizarão a geração de 3,2 GW até 2018.

O Rio Grande do Sul insere-se nesse cenário com a constituição de políticas públicas para o desenvolvimento da fonte fotovoltaica e como um dos Estados com melhores condições para a constituição de sua cadeia produtiva. O Estado, pelo seu parque industrial diversificado e universidades de destaque, busca parceiros para montagem de painéis solares e prestação de serviços para geração distribuída.

 Gráfico sobre evolução da potência instalada e número de unidades consumidoras no RSO RS possui competência consolidadas nos setores metalmecânico, de mecânica fina, eletroeletrônicos e automação. Nas maiores universidades do Estado, estão instalados centros de pesquisa e de referência no desenvolvimento de tecnologias e de capacitação profissional para energia fotovoltaica. Destaque para a PUCRS e seu Núcleo de Tecnologia em Energia Solar da Faculdade de Física e o Centro de Demonstração de Energias Renováveis, que desenvolve cursos de extensão para formação profissional na área.

Um interessante projeto da Ala 3 da Força Aérea Brasileira (FAB), estabelecida na cidade de Canoas, vem se tornando modelo para futuras iniciativas. A Ala 3 cederá durante 25 anos uma área de 20 hectares para a construção de uma usina fotovoltaica, na qual parte da energia será utilizada pela própria Base Aérea e o restante poderá ser vendido no mercado livre pela empresa administradora do empreendimento. A partir desse projeto, outras bases aéreas do Estado, como a de Santa Maria, estão estudando modelo semelhante.

No sistema de autoprodução, destaca-se a vinícola Guatambu, primeira da América Latina abastecida inteiramente pela energia fotovoltaica. A energia elétrica necessária para produção e processamento das uvas é produzida por 600 painéis instalados na vinícola, localizada em Dom Pedrito, na fronteira do Brasil com o Uruguai.

Cabe destacar que o RS é um dos Estados que vem respondendo mais rapidamente às políticas de incentivo à geração distribuída e, atualmente, é o 2º Estado que mais aderiu a esse modelo de geração, contando com 12,3% da capacidade instalada no Brasil. O Estado também apresenta uma rede em expansão de empresas especializadas no desenvolvimento, aprovação, instalação e manutenção de projetos fotovoltaicos, que somam 181 estabelecimentos distribuídos por todas as suas regiões.
Neste sentido, o Governo do Estado desenvolve o Atlas Solarimétrico, visando subsidiar as decisões de investimento e a elaboração de políticas públicas para energia fotovoltaica e disponibiliza incentivos fiscais:

  • Isenção do ICMS para unidades consumidoras que aderiram à geração distribuída
  • Isenção do ICMS nas operações com diversos equipamentos e componentes para o aproveitamento das energias solar e eólica

Oportunidades do Setor

  •  Painéis de energia fotovoltaicaO Estado é um dos maiores mercados consumidores para o desenvolvimento da geração distribuída, com 4,5 milhões de unidades consumidoras divididas entre residências, indústrias e comércio, representando um consumo total de 29,43 GWh.
  • Empresas com interesse em produzir componentes dos sistemas fotovoltaicos, tais como módulos e inversores, contam com apoio do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Oportunidades de parcerias entre empresas

Confira aqui as possibilidades de negócios no setor.

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