Historicamente o Rio Grande do Sul é o celeiro do Brasil, sendo pioneiro e protagonista em grande parte da produção de alimentos e bebidas do país. Aproveitando esse potencial e pensando no futuro, nosso Estado investe em tecnologia para o campo.
Assim, o Rio Grande do Sul destaca-se em agricultura de precisão e na produção de máquinas e implementos que servem ao setor, além de oferecer excelente estrutura de pesquisa, desenvolvimento e inovação, envolvendo universidades, institutos de pesquisa, parques e polos tecnológicos, e incubadoras.
Ainda é relevante destacar que somos sede de algumas das maiores feiras de agroindústria da América Latina, como por exemplo a Expointer, em Esteio, a Expodireto, em Não-Me-Toque, e a Festa da Uva, em Caxias do Sul, todas com perfil internacional.
Em termos de produção agrícola, soja, trigo, uva, maçã e fumo são algumas das produções gaúchas mais relevantes, nacional e internacionalmente. As safras do Rio Grande do Sul representaram, em 2016, em relação ao Brasil:
No que tange à pecuária, aproveitando-se das vantagens naturais do Bioma Pampa e da grande capacidade de pesquisa e assimilação tecnológica que o Estado detém, destacam-se as produções de leite, ovos, suínos e aves. Por sua vez, a carne bovina, um dos mais tradicionais produtos pecuários do RS, mantém como diferencial a qualidade e o perfil premium, especialmente se comparado com produtos similares do restante do Brasil. Quanto aos rebanhos, a representatividade do RS em relação ao Brasil, em 2015, foi de:
Já quanto aos produtos derivados de origem animal, a produção gaúcha, em relação à brasileira, foi de:
O RS é o principal Estado produtor de vinho e espumantes no Brasil, chegando a representar aproximadamente 90% do total. Além do tradicional polo vinícola da Serra Gaúcha, há diversos outros centros de produção em desenvolvimento, como as regiões da Campanha, Campos de Cima da Serra e Serra do Sudeste, por exemplo.
A representatividade do Estado para o setor nacional se evidencia ainda mais por termos em nosso território a sede da principal entidade representativa do setor no Brasil, o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). A entidade é responsável pela promoção e representação dos interesses do setor no país e no mundo. O Ibravin, juntamente com a Apex-Brasil, mantém o projeto setorial Wines of Brasil, que atua justamente na projeção do vinho local para mercados internacionais.
Quanto à produção, em 2017 o RS foi responsável por produzir 49,31 milhões de litros de vinhos finos, 254,15 milhões de litros de vinhos de mesa e 182 milhões de litros de outras bebidas derivadas de uva, totalizando uma produção total de 485,44 milhões de litros. As uvas mais utilizadas são Chardonnay, Moscato Bianco e Riesling Itálico (uvas brancas) e Cabernet Sauvignon, Merlot e Tannat (uvas tintas).
Quanto à comercialização, as empresas do RS comercializaram, em 2016, 19,2 milhões de litros de vinhos finos, sendo 4,1 milhões de litros de vinho branco, 0,2 milhões de litros de vinho rosado e 15 milhões de litros de vinho tinto. Em termos de vinhos de mesa, foram 165,9 milhões de litros comercializados em 2016, sendo 18,7 milhões de litros de vinho branco, 1,4 milhões de litros de vinho rosado e 145,9 milhões de litros de vinho tinto.
No ano de 2016, registrou-se uma comercialização de 16,9 milhões de litros (144% a mais do que em 2006) da bebida fabricada no RS, sendo 4,5 milhões de litros de moscatel e 12,4 milhões de litros de outras variações de espumante.
Outras bebidas gaseificadas atingiram 5,9 milhões de litros vendidos, sendo 4,2 milhões de litros de filtrados doces e 1,7 milhões de litros de vinhos frisantes.
A cidade de Garibaldi, próxima à Bento Gonçalves, é o maior expoente brasileiro de espumantes.
Fonte: Ibravin
O RS é o maior produtor nacional desse segmento, com 47,8% da produção nacional. O foco do Estado repousa exatamente no maquinário agrícola: se excluirmos as máquinas rodoviárias desse levantamento e mantivermos apenas as máquinas agrícolas, o percentual de participação do RS na produção nacional sobe consideravelmente.
De acordo com o Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers), mais de 65% das fabricantes de máquinas agrícolas do Brasil estão instaladas no Estado, com destaque para empresas como AGCO, Agrale, John Deere, Stara e Mahindra Tratores etc.
Fonte: Relatório Anfavea 2017 e Simers
Também é representativo o Arranjo Produtivo Local (APL) Pós-colheita de Panambi e Condor, especializado em equipamentos para recebimento, beneficiamento e armazenamento de grãos. Nas duas cidades, são cerca de 8,5 mil empregados em 80 empresas dos mais variados portes.
O Estado do Rio Grande do Sul possui ampla rede de P&D&I para a agroindústria, incluindo universidades, centros de pesquisa, parques e polos tecnológicos e incubadoras. Abaixo relacionamos alguns das principais instituições que representam a pesquisa aplicada no Rio Grande do Sul:
Algumas de nossas maiores universidades e centros universitários desenvolvem pesquisas no setor ou em atividades relacionadas. O Estado conta ainda com uma série de centros universitários regionais, representados pelo Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas, que pode ser contatado para mais detalhes.
Confira aqui as possibilidades de negócios no setor.